Estima-se que cerca de 20% da população feminina sofra de enxaqueca
No próximo dia 19 de Maio, comemoramos o Dia Nacional de Combate à Cefaleia. A data tem por objetivo alertar a população para os diferentes tipos de dores de cabeça e como identificá-los. Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCE), no Brasil, mais de 30 milhões de pessoas sofrem com essa enfermidade. No mundo a enxaqueca atinge 1 bilhão de pessoas e é a sexta doença crônica que mais incapacita, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
No Brasil, 15% da população sofre da forma crônica da doença. Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia, a dor de cabeça é a sétima doença mais incapacitante do mundo. Só no Brasil, 140 milhões de pessoas convivem com ela, e, dessas, 30 milhões sofrem de enxaqueca.
De acordo com dados OMS, a enxaqueca é a segunda maior causa de incapacidade no mundo. As mulheres são o grupo mais vulnerável para as cefaleias devido às variações hormonais, principalmente no período menstrual. Estima-se que cerca de 20% da população feminina sofra de enxaqueca. Dessas, 10% apresentam a forma mais grave da doença, com dores quase diárias, a chamada enxaqueca crônica.
Na literatura médica existem cerca de 200 classificações diferentes para dores de cabeça, sendo que 90% da população já teve, tem ou terá desenvolvido algum sintoma da doença, afirma a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O neurologista especialista em coluna, Dr. Haroldo Chagas, alerta para o grande problema da automedicação, que pode agravar a doença:
“No Brasil temos facilidade na hora de comprar medicamentos, analgésicos e anti-inflamatórios, isto permite que a população se automedique. Quando a frequência da cefaleia é baixa, dois ou menos episódios por mês, isto não acarreta maiores problemas. Mas, se existe uma frequência maior das dores de cabeça o paciente possui indicação de tratamento preventivo e a automedicação pode piorar tanto a frequência quanto à intensidade dos seus sintomas”, alerta o médico.
É comum que as pessoas confundam o tipo de dor entre a enxaqueca e a cefaléia do tipo tensional, apesar de ambas terem características distintas.
“A enxaqueca geralmente ocorre em um lado da cabeça, é de moderada a forte intensidade, latejante e incapacitante, comumente se associa a enjoo, incômodo com luz e com barulho”, orienta Dr. Haroldo Chagas.
Dependendo da intensidade da enxaqueca, ela pode afetar a vida profissional e pessoal do enxaquecoso. Cerca de 90% de quem sofre dessa patologia tem algum prejuízo no trabalho, estudos, atividade de lazer e vida sexual. O segredo para evitar a doença pode estar no estilo de vida, explica Daniele Bittencourt, especialista em saúde integrativa:
“O sedentarismo, tabagismo, obesidade, alimentação inadequada, transtornos do humor (depressão e ansiedade) e alterações orofaciais (disfunção temporomandibular). Por isso, geralmente o tratamento dos pacientes é realizado de maneira multidisciplinar. Além de uma boa rotina de alimentação e exercícios, e acompanhamento profissional, a terapia com ozônio pode ser muito eficiente para combater dores de cabeça e enxaquecas. Nesses casos, pôde-se utilizar o tratamento auricular, além de outras vias de aplicação, que auxiliam na desinflamação do corpo como um todo. O efeito pode ser imediato ou começar a ser percebido após algumas sessões. Nesse sentido, vale sempre ressaltar a importância de buscarmos o que está causando a cefaleia, a fim de tratarmos também a origem do problema e não apenas o sintoma.” – Finaliza a especialista.