Cirurgião Plástico Wendell Uguetto fala sobre os impactos do uso de filtros nas redes sociais em entrevista a CBN Brasil

Médico é um dos cirurgiões plásticos mais conceituados do país

A manipulação de imagens para difundir padrões de beleza não é algo novo. O uso de softwares como o Photoshop no tratamento dos corpos em capas de revista ou mesmo os filtros usados no cinema e na televisão.

A utilização de filtros de beleza disponibilizados nas redes sociais, porém, trouxe o problema para um novo patamar: o cotidiano. “O sujeito que lê uma revista ou entra no ritual da sala de cinema consome um produto com um olhar distanciado para seus ídolos e ideias de beleza. Em termos de subjetividade, é diferente de quando ele socializa em uma rede social”, diferencia a psicóloga Paula Rodrigues, de Barra Mansa (RJ).

O dr. Wendell Uguetto, cirurgião plástico, deu uma entrevista exclusiva recentemente para a CBN Brasil e falou sobre o tema e vários assuntos que abordam com seus pacientes no consultório. Segundo ele, é muito comum as pessoas desejarem o nariz de um ídolo, a barriga chapada de outro e por aí vai.

O médico ressalta a importância deixar claro para o paciente a real possibilidade em cada caso, pois tudo depende da forma anatômica, estrutura óssea e o tipo de pele de cada pessoa.

“Os resultados são satisfatórios quando se consegue alinhar expectativa do paciente com o resultado final obtido na cirurgia. Muitas vezes o paciente deseja efetuar a mesma mudança que o filtro fez no seu rosto de forma cirúrgica, mas na maioria das vezes isso não é alcançável. É isso pode gerar frustração”, ressaltou o dr. Wendell Uguetto, membro do corpo clínico do Hospital Albert Einstein de São Paulo.