Expectativa x realidade: Como minimizar frustrações em cirurgia plástica

Dr. Wendell Uguetto reforça a importância do diálogo aberto entre paciente e médico para evitar desilusões

Na jornada rumo à transformação estética, a comunicação franca entre médico e paciente emerge como peça-chave para evitar decepções. As cirurgias plásticas, frequentemente associadas à busca por autoconfiança e bem-estar, muitas vezes desencadeiam expectativas irreais. Surge, então, a necessidade de alinhamento entre o que é desejado e o que é possível.

Dr. Wendell Uguetto (Foto: Acervo Pessoal)

Segundo o Dr. Wendell Uguetto, cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o entendimento mútuo é essencial. “A ilusão de um resultado perfeito é um dos principais catalisadores da insatisfação pós-cirúrgica. É crucial que o paciente compreenda as limitações e possibilidades de cada procedimento”, destaca.

Foto: Divulgação

Muitos pacientes chegam aos consultórios munidos de referências, frequentemente inspiradas por figuras públicas. No entanto, a equipa médica enfrenta o desafio de gerir essas expectativas e realidades. Para evitar desapontamentos, é imperativo um diálogo transparente, onde se delineiam as expectativas realistas e os resultados alcançáveis.

O Dr. Uguetto enfatiza a importância de abordar, desde o pré-operatório, as possibilidades reais. “É essencial que o paciente compreenda o que é estatisticamente provável após a cirurgia”, ressalta. Todavia, o cenário não está isento de armadilhas: algumas clínicas e profissionais, em busca de ganhos financeiros, alimentam expectativas inatingíveis. Em resposta a essa prática, o código de ética médica veda a mercantilização da medicina.

“Prometer resultados impossíveis é uma violação da nossa responsabilidade para com o paciente e sua autoestima”, adverte o médico. Ele reitera o compromisso da cirurgia plástica em restaurar não apenas a estética, mas também a autoconfiança e o bem-estar emocional dos pacientes.

“A verdadeira beleza da cirurgia plástica reside na capacidade de complementar a obra-prima da natureza”, conclui o Dr. Uguetto. Seja restaurando a forma após mudanças corporais significativas, recuperando a jovialidade do rosto ou resgatando a confiança perdida, cada procedimento é um passo em direção à autoaceitação e ao empoderamento pessoal.