“Ser negra sempre foi uma fonte de orgulho para mim”
A empresária conta que nunca tentou se encaixar em padrões
Dono da Rebocar e influenciadora, Priscila Santos atualmente esbanja amor-próprio e não está nem aí para julgamentos dos outros. Mas nem sempre ela foi assim. Ela conta que já teve problemas com a autoestima diversas vezes na vida.
“Eu acho que é fase, que é algo normal, que é algo corriqueiro na vida de qualquer pessoa, na vida de qualquer mulher. Até porque a forma que nós levamos a vida entre altos e baixos, tem dia que a gente está com a autoestima legal, tem dia que não está. Mas já tive problema sim, e vou te falar, diversas vezes”, diz.
Em uma sociedade ainda preconceituosa, apesar de alguns avanços, ela nunca se sentiu inferior a ninguém por ser negra. “Pelo contrário, ser negra sempre foi uma fonte de orgulho para mim e nunca abaixou minha autoestima. Sempre tive uma autoestima elevada, justamente pelo orgulho de ser quem sou. Os padrões de beleza que a sociedade impõe nunca foram um problema para mim. Pelo contrário, sempre mostrei que, mesmo com esses padrões, minha autoestima permanecia intacta. Os problemas de autoestima que enfrentei foram decorrentes de momentos difíceis e desafios pessoais, não devido aos padrões de beleza impostos pela sociedade”.
Priscila também nunca tentou se encaixar em “padrões de beleza”.”Sempre fui muito eu, eu sempre fiz o que eu quis, o corte de cabelo, a forma de me vestir. Eu sempre tive o meu padrão. Eu sempre tento seguir o que eu quero, de acordo com o meu momento. Se eu estou num momento de andar confortável, eu ando confortável. Se eu estou num momento que eu quero andar mais elegante, eu ando mais elegante. Se eu estou num momento que eu quero andar mais despojada, eu ando mais despojada. Então, para ser honesta, eu não me encaixo não. Nunca tentei me encaixar e nem faço questão. Eu faço questão sempre de manter o que eu quero, da forma que eu quero, da forma que me faz bem, da forma que me faz sentir bem”.
Atualmente, a influenciadora não está preocupada com o que o padrão vai dizer ou o que as pessoas vão esperar. “Eu estou preocupada comigo mesma. Estou focada em me olhar no espelho e estar satisfeita com o que eu estou vendo, com o que eu estou vestindo, com o que eu estou usando. Atualmente, eu me preocupo 100% comigo, com o que me faz feliz e que me faz sentir bem. Resumindo, eu me preocupo comigo mesma, com o meu momento, me visto da forma que eu quero me vestir, da forma que eu quero, independentemente das outras pessoas. Hoje, a minha prioridade sou eu”.
Priscila se considera vaidosa, mas sem cobranças. Ela também diz que já está há um tempo sem cuidar do shape. “Ultimamente, não estou cuidando muito do meu corpo. Estou há quase dois anos sem malhar. Mas, venho tentando manter uma alimentação balanceada. Já fui mais vaidosa do que sou hoje, mas ainda me cuido. Gosto de cuidar do meu cabelo, da minha pele e do meu corpo. Porém, isso não é uma obsessão para mim, como já foi um dia. Antigamente, eu buscava uma perfeição que descobri não existir. Percebi que não vale a pena ser escrava dos padrões de beleza. Hoje, não vou dizer que não me cuido, porque me cuido, mas não com a mesma intensidade com que me cobrava no passado”, finaliza.