Em um momento de profunda inquietação com a segurança no Rio de Janeiro, marcado por operações intensas contra facções criminosas e pela recente mobilização do Estado para recuperar o controle de territórios dominados pelo crime, o presidente do diretório municipal do PSD de Barra Mansa, Leo Santos, reafirma que o partido acredita numa política nacional de segurança pública que combine inteligência, recursos estruturais e compromisso social.
Ele destaca que a PEC da Segurança Pública, em tramitação na Câmara Federal, representa, na visão do partido, uma oportunidade histórica de modernização. As emendas apresentadas pelo deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ) preveem investimento mínimo de 1 % da receita corrente líquida da União em segurança e sistema penitenciário, obrigatoriedade de repasse para Estados, Distrito Federal e Municípios, e a blindagem dos fundos nacionais de segurança contra cortes. “Essas medidas traduzem o princípio de que a segurança deve associar planejamento, constância e responsabilidade fiscal. As operações têm sua importância, quando há urgência, elas mostram que o Estado pode e deve agir. Mas, segurança pública se faz com operações pontuais, investimentos contínuos, integração federativa e políticas que respeitem a dignidade da população”, enfatizou Leo Santos.
Como exemplo recente, ele citou a Operação Barricada Zero, lançada em novembro de 2025, que já retirou cerca de 1.800 toneladas de barricadas erguidas por facções criminosas em comunidades do Rio, garantindo o retorno da mobilidade urbana e do acesso do Estado a áreas antes dominadas pelo medo.
Além de repreender o crime, a operação simboliza a retomada do Estado, com resultados concretos diante a devolução a população do direito de ir e vir, entre outros.
Para o PSD-BM, no entanto, essas ações devem ser vistas como parte de um esforço maior: a PEC da Segurança Pública garantiria que essa atuação não dependa de ciclos políticos, mas de uma base institucional sólida e permanente, assegurando que a segurança chegue de forma consistente às comunidades, e que os investimentos necessários não sejam deixados de lado por conveniência.
Também com olhar humanizado, Leo Santos lembrou que a segurança pública impacta diretamente a vida de famílias, trabalhadores, jovens e comunidades inteiras. “Cada ação do Estado deve ter como horizonte a vida de pessoas que querem trabalhar, estudar, construir um futuro com dignidade. A PEC, fortalecida pelas emendas, aponta para um modelo que protege territórios, oportunidades, destinos e sonhos.”
2ª CIA da PM em Barra Mansa: demanda é histórica
A criação da 2ª Companhia Independente da Polícia Militar em Barra Mansa é uma pauta que atravessa governos, gestões e discursos, mas que até o momento não se transformou em realidade. Há mais de 20 anos, a cidade reivindica uma estrutura própria da PM que aumente o efetivo, fortaleça a presença do Estado nos bairros e garanta respostas rápidas às demandas de segurança da população.
Em janeiro de 2025, foi anunciado que a nova unidade seria instalada no prédio do antigo CRIAAD, no Bom Pastor. A previsão era que a Companhia começasse a funcionar ainda este ano. No entanto, o prazo não se concretizou e tudo indica que a proposta não saiu do papel.
Para o PSD-BM, essa situação evidencia um problema recorrente, com promessas que se repetem, sem planejamento consistente e sem prioridade real para a segurança da população. Barra Mansa continua dependendo de estruturas compartilhadas, sem o reforço institucional que uma Companhia Independente representa.
A 2ª CIA significa mais policiais, mais presença territorial, mais tempo de resposta, mais capacidade de patrulhamento e, acima de tudo, mais proteção às pessoas. ” Transformar essa demanda histórica em ação concreta é parte de uma agenda séria de segurança pública, que dialogue com o que a cidade precisa”, concluiu Leo Santos.
Foto: divulgação PMRJ
